Jornal A CRITICA – Nova Iguaçu, RJ – 27/03/1938
O Pensador me disse...
- Somos nós que muita vez nos impomos o amor pela mulher escolhida; por qualquer razão que a |Razão não averigua, julgamo-nos na obrigação de amá-la. E, assim sugestionados, chegamos a crer realmente sem esse amor a vida se nos tornará insuportável...
Em alguns casos poderá ser, talvez, o egoísmo, o amor próprio, a vaidade, enfim, o que nos induz pensar de semelhante modo. Então, somente os elogios à pessoa amada e mesmo ao nosso bom gosto podem justificar o nosso afã de conservarmos essa obsessão, esse “pseudo-amor”, se assim o pudéssemos chamar.
Às mulheres, quase sempre sucede isto: julgando amar ou demonstrando afeto por determinado homem, não amam senão a si mesmas, refletidas na pessoa eleita. “Vanitas”...
VIRIATO VIDAL
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